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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

STF - PUBLICA ACÓRDÃO


Acórdão da ADI 41 67 - Ementa: 
CONSTITUCIONAL. FINANCEIRO. PACTO FEDERATIVO E REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA. PISO NACIONAL PARA OS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. CONCEITO DE PISO: VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO GLOBAL. RISCOS FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO. JORNADA DE TRABALHO: FIXAÇÃO DO TEMPO MÍNIMO PARA DEDICAÇÃO A ATIVIDADES EXTRACLASSE EM 1/3 DA JORNADA. ARTS. 2º, §§ 1º E 4º, 3º, CAPUT, II E III E 8º, TODOS DA LEI 11.738/2008. CONSTITUCIONALIDADE. PERDA PARCIAL DE OBJETO.
1. Perda parcial do objeto desta ação direta de inconstitucionalidade, na medida em que o cronograma de aplicação escalonada do piso de vencimento dos professores da educação básica se exauriu (arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008).
2. É constitucional a norma geral federal que fixou o piso salarial dos professores do ensino médio com base no vencimento, e não na remuneração global. Competência da União para dispor sobre normas gerais relativas ao piso de vencimento dos professores da educação básica, de modo a utilizá-lo como mecanismo de fomento ao sistema educacional e de valorização profissional, e não apenas como instrumento de proteção mínima ao trabalhador.
3. É constitucional a norma geral federal que reserva o percentual mínimo de 1/3 da carga horária dos docentes da educação básica para dedicação às atividades extraclasse.
Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. Perda de objeto declarada em relação aos arts. 3º e 8º da Lei 11.738/2008.
STF. ADI 4167. Relator Ministro Joaquim Barbosa. Divulgação: DJe de 23.08.2011, pág 27. publicação em 24.08.2011 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

GOVERNO ANUNCIA SUBSÍDIO MELHORADO

Projeto de lei que será enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais apresenta aperfeiçoamentos na remuneração por subsídio
O Governo de Minas enviará para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nos próximos dias, projeto de lei que terá por objetivo aperfeiçoar a política salarial dos profissionais da educação. Atualmente, 62% dos cargos da Secretaria de Estado de Educação estão no novo modelo. Os aperfeiçoamentos foram anunciados na tarde desta terça-feira (23) pelas secretárias de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.
Entre os benefícios incluídos no projeto está o novo posicionamento dos profissionais na tabela do subsídio. Isso porque, em alguns casos, a proposta implantada no início do ano fazia com que os professores que tinham acabado de entrar na carreira fossem posicionados na mesma letra que um servidor antigo, por exemplo. O objetivo é que agora seja considerado o tempo de efetivo exercício e todos os profissionais que optarem pelo subsídio serão reposicionados. Sendo assim, para cada três anos de exercício, o servidor ‘anda’ uma letra na tabela do subsídio.
O projeto prevê também um aumento de 5% para todos os servidores da educação posicionados no subsídio, a partir de abril de 2012. Além disso, ao ser promovido, o servidor será mantido no grau em que estava no nível anterior, o que resultará em um ganho de 10% em sua remuneração total.
A nova medida também contemplará os diretores, vice-diretores, coordenadores e secretários de escolas. Para os diretores, por exemplo, o  projeto garantirá que os profissionais que possuírem dois cargos de professores serão beneficiados na contagem de tempo tendo progressão nos dois contratos de trabalho.
A secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, ressaltou os principais benefícios que o novo modelo trará para os servidores da educação. “A carreira da educação é a mais complexa do Governo de Minas. Então existem muitas distorções históricas e praticamente cada caso é um caso. Então uma das vantagens do subsídio é que tudo está incorporado. Se o funcionário adoecer e precisar de licença médica vai ter o mesmo salário que tinha quando estava em atividade. Se ele se aposentar ele carrega o mesmo salário. Além disso, cada aumento que for dado incide sobre o valor total da remuneração e não apenas sobre o vencimento básico como era anteriormente. Esse modelo é sólido e transparente”.
O impacto financeiro que as alterações no novo modelo remuneratório só poderá ser precisado após o término da reabertura do prazo para adesão ao subsídio, é o que afirma a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena. “Para saber os impactos que a medida trará é necessário fazer o cálculo do tempo de exercício, posicionar os servidores, para que depois se aplique a regra de 5 % e isso eu só terei depois do dia 31 de outubro”.
Reabertura de prazo para adesão ao novo modelo
A nova proposta se estende aos servidores ativos e inativos, efetivos, efetivados. Para garantir que os profissionais da educação tambémpossam optar pelos benefícios do novo projeto, será reaberto o prazo para quem não optou pelo subsídio. Os servidores terão de 1 de setembro até 31 de outubro optar pelo subsídio, garantindo assim o reajuste mínimo de 5% na remuneração total concedido pela lei do subsídio em janeiro de 2011.
As vantagens do novo modelo de remuneração
A implementação, em janeiro deste ano, da nova política salarial da educação em Minas Gerais contemplou quase 320 mil servidores, que obtiveram aumentos de no mínimo 5% em seus salários. A mudança gerou um impacto financeiro da ordem de R$ 1,3 bilhão por ano na folha de pagamentos total da Educação (um acréscimo de 24,5%) – o que demonstra que o novo modelo gerou efetivo aumento da remuneração para os professores. De acordo com levantamento feito Seplag, 23% dos professores de educação básica de Minas Gerais tiveram aumento de mais de 40% nos salários. Outros 41% tiveram reajuste entre 10% e 40%. Para 36%, o aumento foi de até 10%.
Durante a entrevista coletiva, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, ressaltou que o Governo irá investir no novo modelo remuneratório. “Nós entendemos que estamos cumprindo nossa obrigação com os profissionais da educação já que o modelo remuneratório adotado é o subsídio. Vamos buscar um constante aprimoramento e esperamos que essa política remuneratória se torne cada vez mais atraente. Todas as proposta que nós estamos fazendo é para a sistemática do subsídio, então não há nenhuma intenção de fazer reajuste no sistema anterior, até mesmo porque ela está em extinção”.
Minas paga acima do piso nacional
O Governo de Minas paga salário inicial de R$ 1.122,00 por 24 horas semanais para professores com nível médio de escolaridade – 57% superior proporcionalmente ao piso nacional de R$ 1.187,00 por 40 horas semanais. Para os professores com licenciatura plena, escolaridade atualmente exigida para ingresso na carreira, o salário inicial é de R$ 1.320,00 por 24 horas semanais – 85% superior proporcionalmente ao piso nacional de R$ 1.187 por 40 horas semanais.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Reunião entre professores e governo termina sem acordo em Belo Horizonte


Reunião entre professores e governo termina sem acordo em Belo Horizonte

Sindicato espera que estado apresente nova proposta de reajuste sobre o vencimento básico proposto pelo MEC. Categoria realiza asssembleia em Belo Horizonte nesta tarde.
Cristiane Silva
Guilherme Gouveia
Publicação: 16/08/2011 13:30 Atualização: 16/08/2011 13:48
Mais uma rodada de negociações entre professores estaduais e o Governo de Minas terminou sem acordo nesta terça-feira. Desde as 10h, representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), as secretárias de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazolla, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, o procurador-geral do estado, Alceu Torres Marques, e a coordenadora da Promotoria Estadual de Defesa da Educação do MPMG, Maria Elmira do Amaral Dick estavam reunidos na sede do Ministério Público Estadual (MPE), a portas fechadas.
Em greve desde o dia 8 de junho, os professores pedem o cumprimento da Lei Federal 11.738, que institui o piso salarial profissional nacional (vencimento básico) de R$ 1.597,87, para 24 horas semanais, nível médio de escolaridade. Segundo o Sind-UTE, o piso salarial da categoria em Minas é de R$ 369. O governo do estado instituiu em janeiro deste ano o pagamento dos servidores por subsídio (Lei Estadual nº 18.975/2010), feito em parcela única e que incorpora todas as gratificações e vantagens.
De acordo com a coordenadora do sindicato, Beatriz Cerqueira, o governo apresentou o levantamento de quantas pessoas retornaram à forma de remuneração anterior ao subsídio. “Segundo o estado, 153 mil profissionais optaram pelo vencimento básico. Para o sindicato, é a manifestação da maioria e esperamos que o governo apresente uma proposta acima do valor proposto pelo Ministério da Educação (MEC) para atender essas pessoas”, explica. Uma nova reunião foi marcada para 24 de agosto e o MPE pretende atuar junto ao governo para intermediar as negociações. Ainda nesta tarde haverá uma assembleia no pátio da Assembleia Legislativa (ALMG) para decidir os rumos do movimento.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ALUNOS EM MANIFESTAÇÃO NA PRAÇA SETE, APOIO A GREVE PROFESSORES MINEIROS

 Este ato a mídia tentou esconder
sexta-feira, agosto 12, 2011
A vocês, alunos, que estão apoiando a greve dos professores, muito obrigado pela força. Fotos da passeata dos estudantes. 





























Créditos : Blog do Euler e Blog Educadora Rita Frugoli

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

RESULTADO DA REUNIÃO: SINDUTE- MG, MINISTÉRIO PÚBLICO E SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE MG:


Agendada nova reunião entre o Mistério Público Estadual, Sind-UTE/MG e Governo

Na reunião de hoje (10.8) ficou acertado que o Governo Mineiro irá apresentar, na próxima terça-feira (16.8), às 10h, na sede do Ministério Público Estadual (MPE), à Av. Álvares Cabral, 1.690, em nova rodada de negociação, os números de quantos trabalhadores retornaram à remuneração de vencimento básico e quantos permaneceram no subsídio. O prazo limite para esta definição foi hoje, dia 10 de agosto, em todo Estado.
Na ocasião, o governo reafirmou sua intenção de investir no subsídio como forma de remuneração. O Sind-UTE/MG também reafirmou a necessidade de discutir o Piso Salarial no vencimento básico, por entender que é a aplicação correta da Lei Federal 11.738/08 e que trará a valorização para toda a categoria.
“Este resultado é fundamental para os trabalhadores na negociação junto ao Governo de Minas, pois irá mostrar a realidade e a opção feita pela categoria. As secretárias consultarão o Governador sobre a possibilidade de apresentar a tabela do Piso Salarial no vencimento básico e também o cálculo de impacto financeiro dessa proposta na reunião que será realizada na sede do MPE, no próximo dia 16”, informou a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, ao final da rodada de negociação, que durou mais de três horas. O Sind-UTE/MG apresentou ainda a sua discordância de contratação para o 3º ano do Ensino Médio e informou ao MPE de que o Estado contratará pessoas sem formação para substituir a categoria em greve.
Participaram da reunião a coordenadora da Promotoria Estadual de Defesa da Educação do MPE, Maria Elmira Dick, o procurador-geral de Justiça Adjunto, Geraldo Vasques, além de diretores do Sind-UTE/MG e as secretárias de Estado da Educação, Ana Lúcia Gazolla e a de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena.
A greve foi deflagrada em 08 de junho último e, desde então, a categoria intensifica esforços na tentativa de abrir negociação com o governo do Estado, que se nega a implantar a Lei 11.738/08, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Em assembleia ocorrida nessa terça-feira (9.8), mais de sete mil trabalhadores em educação, coordenados pelo Sind-UTE/MG decidiram pela continuidade da greve da rede estadual.
FONTE: SITE SINDUTE-MG

terça-feira, 9 de agosto de 2011

GREVE DOS PROFESSORES É MANTIDA!!!!

Greve dos trabalhadores em educação continua por tempo indeterminado
Greve dos trabalhadores em educação continua por tempo indeterminado
Decisão foi tirada, nesta terça, em assembleia estadual com a presença de 7 mil pessoas
Trabalhadores/as em educação, coordenados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), decidiram manter a greve por tempo indeterminado, em assembleia estadual, realizada dia (09/08), no Pátio da ALMG, em Belo Horizonte.
A greve dos trabalhadores em educação foi deflagrada em 08 de junho último e, desde então, a categoria intensifica esforços na tentativa de  abrir negociação com o governo do Estado, que se nega a implantar a Lei 11.738/08, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).
Dia (8/8), a direção do Sind-UTE/MG se reuniu com o Senador Clésio Andrade, com o objetivo de apresentar a realidade da categoria e destacar a importância do apoio de diversos setores da sociedade mineira ao movimento. Também nesta mesma data aconteceu um encontro com representantes dos movimentos sociais, pais e alunos, no Hotel Normandy, centro da capital mineira, com o propósito de aglutinar forças ao movimento grevista.
Nesta terça-feira (9/8), a categoria se reuniu com o Comando Geral de Greve do Conselho, no Auditório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA).
Calendário de atividades
16/08 – Nova Assembleia Estadual, no Pátio da ALMG, às 14h
10/08 – Reunião entre o Ministério Público, Secretaria Estadual de Educação e SInd-UTE/MG na sede do MP, às 14h:30 (reunião fechada)
Reivindicações
Os trabalhadores em Educação reivindicam o imediato cumprimento do Piso Salarial, que hoje é de R$ 1.597,87, para uma jornada de 24 horas e ensino médio completo. Minas Gerais paga, hoje, o Piso de R$ 369,00 que, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE), é considerado o pior Piso Salarial dos 27 estados brasileiros.
Cerqueira lamenta ainda que o Estado não promove investimentos significativos em um serviço essencial para o desenvolvimento social "Infelizmente, os profissionais da educação recebem vencimentos básicos de R$369,00 para formação em Magistério e R$550,00 para formação em licenciatura plena. Minas cresce, mas o bolo continua concentrado, impondo o empobrecimento a uma categoria essencial ao desenvolvimento de uma sociedade, o professor", disse.
A realidade do Ensino Médio em Minas Gerais
Os trabalhadores em educação e o Sind-UTE/MG fazem uma denúncia: os problemas da rede estadual de Minas Gerais vão além dos baixos salários enfrentados pelos profissionais da educação. Uma breve análise do Censo Escolar revela uma situação pouco discutida, mas preocupante. Está em curso uma política de diminuição sistemática do funcionamento das escolas estaduais.  Analisando o período de 2005 a 2011, o Censo Escolar aponta um decréscimo do número de escolas estaduais em atividade de 4%.
Além disso, se todos os adolescentes mineiros quisessem estudar no ensino médio ofertado pela rede estadual não haveria vagas. Neste momento há um déficit de 884.470 mil vagas.
A matriz curricular determinada pelo Estado impõe que o aluno tenha que optar a partir do 2º ano por estudar apenas 8 disciplinas em detrimento das 12 disciplinas, privilegiando uma área do conhecimento em detrimento da outra. Além disso, existem pessoas sem formação atuando como professores no ensino médio.
Ocorrem fusões de turma e não é autorizada a contratação de professores, sendo que os professores que compõe a equipe são obrigados a assumir disciplinas sem ter a formação específica.  Como não bastasse, faltam professores de matemática, física e química na rede estadual.
Quando o professor adoece e sai de licença médica, a maioria das vezes ele não é substituído. “Queremos o Governador preocupado com o Enen e com o Ensino Médio durante todo o ano letivo e não apenas durante a nossa greve”, afirma a direção do Sind-UTE/MG.
Crédito das Fotos: Felipe Batista

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DE MG , PUBLICA RESOLUÇÃO AUTORIZANDO CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES GREVISTAS!!!


A SECRETÁRIA  dE ESTAdo dE EdUCAçÃo dE MINAS
GERAIS, no uso de suas atribuições, à vista da manutenção da greve
dos Profissionais da Educação Básica, decidida em Assembleia realizada em 03/08/2011, e considerando que:
1 - os alunos do 3º ano do ensino médio deverão estar material e formalmente aptos a se submeter ao Exame Nacional do Ensino Médio -
ENEM - em outubro próximo e aos Vestibulares no final de 2011, tendo
esses exames datas definidas por entidades sobre as quais a Secretaria
de Estado de Educação não tem ingerência;
2 - a manutenção da greve dos Profissionais da Educação Básica compromete em especial a situação desses alunos e suas famílias, com
prejuízos irreparáveis e irreversíveis trazidos pelo retardamento do
ingresso noensino superior e no mercado de trabalho, uma vez que,
para eles, diferentemente dos que estudam em outras séries, não será
possível contornar os dias paralisados mediante a reposição de aulas
sem o sacrifício do ENEM e dos vestibulares;
3 - o exercício do direito social de greve deve ser feito de forma compatível e harmonizada com outros direitos constitucionais fundamentais,
entre os quais o direito à educação, e aquele não pode ser exercido de
forma absoluta e com obstrução do direito de agir do Estado em situações especiais como a dos alunos do 3º ano do Ensino Médio, por se
encontrarem em situação mais gravosa em relação ao restante do corpo
discente nos termos acima justificados;
4 - é dever do Estado garantir a educação de todos, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho, nos precisos termos dos artigos 205 da
Constituição federal e 195 da Constituição Estadual;
5 - à luz do princípio da razoabilidade, cabe ao Estado assegurar meios
de resolver a situação urgente dos alunos do 3º ano do ensino médio, em
relação à qual, inclusive, vem sendo cobrado por setores da sociedade
civil, em especial grupos de pais e alunos;
RESoLvE:
Art . 1º As Superintendências Regionais de Ensino – SREs – deverão
autorizar, nos termos do artigo 10 da Lei 10 .254, de 1990, de acordo
com o calendário de reposição proposto pela escola, nos termos das
diretrizes emanadas da Secretaria de Estado de Educação, a designa-
ção de Professores para ministrar os conteúdos curriculares do 3º ano
do ensino médio relativos ao 1º semestre de 2011, para os alunos que
cursam esse ano e que tiveram suas aulas regulares interrompidas pela
greve .
Parágrafo 1º - Por se tratar de medida emergencial, o diretor da escola
fica autorizado a designar professor habilitado ou, na falta desse, qualificado, para assumir as aulas de que trata este artigo.
Parágrafo 2º - A autorização prevista no caput deverá ser estendida ao
2º semestre de 2011, para assegurar a todos os alunos do 3º ano do
ensino médio a continuidade dos estudos .
Art . 2º A designação de que trata o artigo 1º, quando necessária, poderá
ocorrer também para o Especialista em Educação Básica, Assistente
Técnico de Educação Básica e Auxiliar de Serviços de Educação
Básica, para garantir a regularidade do funcionamento do 3º ano do
ensino médio nas escolas estaduais .
Art. 3º Não poderão ser designados profissionais da Secretaria de
Estado de Educação que aderiram à greve .
Art . 4º A designação de que trata esta resolução terá seu prazo vinculado ao período necessário para término do ano letivo de 2011 .
Art . 5º Na hipótese de retorno do titular, o professor designado nos
termos desta resolução poderá continuar como designado, a critério da
direção da escola, atuando na reposição de aulas ou em aulas de reforço,
até o término do ano letivo de 2011 .
Art . 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação .
SECRETARIA dE ESTAdo dE EdUCAçÃo, em
Belo Horizonte, aos 08 de agosto de 2011 .
(a) ANA LÚCIA ALMEIdA GAZZoLA
Secretária de Estado de Educação

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

GREVE DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE MINAS É MANTIDA!!!!

Governo Estadual, não implanta o Piso Salarial dos Professores  em Minas,  e em assembleia , professores decidem continuar em  GREVE !!!


Professores da rede estadual fazem passeata no Centro de Belo Horizonte 

Publicação: 03/08/2011 17:36 Atualização:
Cerca de 6 mil professores da rede estadual de ensino seguem em direção à escadaria da Igreja São José, no Centro de Belo Horizonte, onde haverá um ato público na tarde desta quarta-feira. 

Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), em uma nova reunião no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a categoria decidiu manter a greve por tempo indeterminado. 

Conforme o levantamento do sindicato, 50% dos profissionais da educação de Minas permanecem de braços cruzados, sendo que algumas escolas ainda estão fechadas mesmo com o fim das férias.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

CADÊ MEU PISO, GOVERNADOR??? ( BLOG DO EULER)

GOVERNO CORTA PAGAMENTO DE PROFESSORES EM GREVE




Professores estaduais em greve estão contestando a versão do governo de Minas, divulgada nesse domingo em informe publicitário de página inteira nos jornais impressos de Belo Horizonte e nas emissoras de TV, sobre o pagamento do piso salarial fixado pelo MEC.

O contracheque de um professor, divulgado hoje na internet, tenta provar que o piso em Minas está abaixo do valor informado pelo governo.

Veja a reprodução abaixo, do professor Euler Conrado Silva Junior, que tem formação de nível superior.

 


O salário é de R$567,04 por 24 horas semanais. O professor recebe também vantagens que elevam a remuneração a R$969,50. Portanto, ainda abaixo do piso informado pelo governo, que é de R$1.122,00 para 24h de um professor de nível médio, no novo modelo remuneratório implantado em janeiro.

Aí vêm os descontos. Entre eles, o de 22 dias não trabalhados em junho, a partir do dia 8, quando a greve começou, no valor de R$346,29.

Resultado, o professor Euler recebeu, líquidos, R$477,16.

Nessa manhã, a coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, deu entrevista à Rádio Itatiaia, dizendo que espera que o governo abra negociações e não encare o movimento grevista como uma queda de braço. A este blog, ela afirmou que “os professores esperam apenas que o governo de Minas cumpra a decisão do Supremo Tribunal Federal”, que, em abril, definiu o piso salarial nacional da categoria como vencimento inicial.

Cerca de 70 mil professores, até 25 de julho, optaram por seguir recebendo pelo sistema remuneratório antigo, sem o subsídio, que reúne salário e todos os benefícios do servidor num valor único.

O informe do governo diz que “os sindicalistas têm o direito de não concordar com o valor do piso estabelecido pelo MEC para todo o país, mas não é correto dizer que ele não é cumprido em Minas”. Afirma também que “o valor pago pelo governo de Minas aos professores com nível médio é, proporcionalmente, 57,55% superior ao estabelecido pelo piso nacional (...) Além disso, o governo de Minas abriu concurso para preencher 21 mil vagas para profissionais da Educação. O salário inicial para professores da Educação básica com licenciatura plena é de R$1.320,00 para 24 horas semanais, valor proporcionalmente 85% superior ao piso nacional”.

A nota confirma ainda, sobre o corte do ponto, que, “como previsto na legislação, as faltas estão sendo lançadas e os dias não trabalhados não serão pagos, a não ser que haja um acordo e as aulas sejam integralmente repostas”.

O governo encerra o informe lamentando “a nítida motivação política dos dirigentes do Sind-UTE e reitera o seu compromisso de continuar buscando melhores condições de trabalho para os profissionais da Educação e de defender os interesses dos alunos e de suas famílias”.

Vamos ver o que acontece na assembleia da categoria, marcada para a tarde do dia 3 (e não do dia 2, como informou erradamente este blog no post anterior), no pátio da Assembleia Legislativa. Se o impasse se mantiver, é bem provável que, em breve, não haja calendário bastante até dezembro para repor as aulas perdidas.

E, pela primeira vez, as escolas estaduais teriam de funcionar a pleno vapor em janeiro.

Anastasia (MG) gasta dinheiro público para disseminar inverdades em rede de TV contra professores.

1 - O governo de MG, sob o comando de Anastasia, passou a divulgar comunicados em rede de emissoras de TV, fazendo gasto com recurso público, na tentativa de jogar a população contra o movimento dos professores mineiros, em luta por melhoria de sua condição de trabalho e na defesa do ensino público.

2 - No momento o pleito dos professores, amparados em uma Lei Federal e em uma decisão do Supremo Tribunal Federal, constitui na implantação do Piso Nacional de Salário para toda o sistema de ensino no Estado.

3 - Sobre a Lei do Piso Mínino, no STF:O relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, defendeu que o piso se refere ao salário básico, sem vantagens ou benefícios e disse que a lei não oferece risco à autonomia dos estados. Barbosa afirmou que os estados tiveram tempo para se adaptar à regra. “Não me comove, não me sensibiliza nem um pouco argumentos de ordens orçamentárias", disse o ministro em suas alegações.

4 - O governo de Minas usa o subterfúgio de juntar sob o nome de Subsídio a soma do seu piso (mais ou menos um salário mínimo) com vantagens por tempo de carreira, idenização do "pó de giz" e outros e afirma que ao pagar este valor está cumprindo a Lei. Mas o Supremo já decidiu em contrário e por isto professores permanecem em greve.

Estamos lutando, através deste instrumento legal, por um outro direito: o piso salarial nacional, assegurado em lei, considerado plenamente constitucional pelo STF, mas que o governo de Minas insiste em não cumprir tal lei. Ao invés de cumprir o que diz a legislação, o governo mantém o pior piso salarial do país: R$ 369,00 para o profissional com ensino médio, quando, pela lei do piso, deveria estar pagando no mínimo o dobro deste valor, e aplicando nas tabelas dos educadores os reajustes correspondentes aos diferentes níveis e progressões nas carreira, e mais as gratificações a que fazemos jus.

Ao contrário disso, o governo aplicou-nos um calote, o subsídio, que destrói a nossa carreira, incorpora gratificações ao vencimento básico encolhido, reduz percentuais de promoção para menos da metade, posiciona os colegas mais antigos no início da carreira, enfim, aplica um confisco aproximado - e confesso - de cerca de R$ 2,8 bilhões, ou o equivalente a duas cidades administrativas no bolso dos educadores.

O governo de Minas não aplica os 25% da receita do estado, como manda a Constituição Federal, e com isso os prejudicados são os alunos e somos nós, educadores, pois a Educação é cada vez mais privada (nos três sentidos) de mais este direito garantido em lei.
5 - No próximo dia 3 de agosto os professores estaduais farão nova assembléia para definir os rumos do movimento.  A posição do governo de Minas usando rede de emissoras para indispor os professores com a população em nada contribui para o progresso das negociação, ao contrário apenas enfatiza seu caráter antipopular, antidemocrático e antisocial.

Frederico Drummond - professor de filosofia