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terça-feira, 5 de julho de 2011

Educadores de Minas devem decidir, amanhã, dia 06, pela continuidade da greve!

Artigo editado por   Euler Conrado:

"Ao completar o 28º dia de greve geral, que foi deflagrada em assembleia no dia 08 de junho, os educadores devem, nesta quarta-feira, manter a paralisação por tempo indeterminado.

O motivo da decisão da categoria é muito simples: até o momento o governo mineiro não apresentou qualquer proposta tendo em vista o atendimento da principal reivindicação, que é pagamento do piso salarial nacional.

Em todos os outros estados onde os educadores estão em greve, como em Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, entre outros, os desgovernos tiveram pelo menos a decência de apresentarem propostas para tentar negociar com os educadores em greve. Ainda que fossem propostas indecentes. Mas, na Terra do Faraó e do afilhado, de acordo com as secretárias do Seplag e da SEE, não se negocia com servidores em greve.

Não se trata mais de argumentar sobre a legalidade, tanto da greve quanto do direito ao piso salarial, ambos com rigoroso amparo constitucional. Já está evidente para todos que Minas, através da Lei do Subsídio, tenta dar um calote nos educadores e não pagar o piso, que é vencimento básico - além de não aplicar o terço de tempo extraclasse, outro direito constitucional que abriria pelo menos 20 mil novas vagas para o concurso.

O Governo de Minas não respeita os servidores públicos, especialmente os da Educação, aos quais tem confiscado direitos sistematicamente ao longo dos últimos 10 anos, pelo menos. A imprensa mineira, como não é novidade para ninguém, está amordaçada, comprada, submissa. Não tem moral nenhuma para cobrar mais nada de ninguém, pois abriu mão do seu próprio papel, que é o de bem informar a comunidade e garantir a liberdade de expressão assegurada na Carta Maior do país.

Minas não merece o governo que possui - embora o tenha elegido, através da massificação midiática e outras estrepolias próprias da "democracia" em que vivemos.

Minas também não merece a imprensa que possui
, que abre espaço sensacionalista para qualquer bate-boca de buteco, mas é incapaz de fazer uma cobertura séria da greve dos educadores, que mexe com a vida de milhares de estudantes e pais de alunos. E o que dizer da realidade dos educadores, cuja carreira, ameaçada, coloca em risco o presente e o futuro da Educação pública em Minas e no Brasil?

Por isso, vamos ter que continuar a nossa luta, buscando o apoio dos estudantes, dos pais de alunos e da nossa própria categoria, que ainda tem uma parcela adormecida em berço esplêndido. Não considero que estejamos isolados, porque somos 300 mil educadores, e a nossa força social, se unidos estivermos, pode fazer toda a diferença.

Quem tem que estar preocupado, quem tem que perder noites de sono é o governador de Minas, é o Faraó-playboy das Alterosas, é a secretária da Educação - que chegou com o discurso de estar aberta ao diálogo e revelou-se uma decepção, com ameaças de corte de ponto e chantagens feitas aos colegas efetivados, bem ao gosto do estilo neofascista deste governo mineiro.

Mas, a realidade hoje é outra. Muita gente está nessa luta. Temos recebido solidariedade pela Internet de pessoas e forças e movimentos sociais de toda parte, do Brasil e do mundo. Minas nunca foi um território isolado, apesar das montanhas, e embora alguns pensem que possam fazer o que bem entendem por aqui. Ledo engano. Não podem desprezar 300 mil educadores que cobram um direito constitucional, uma lei federal, a lei do piso, que Minas vergonhosamente se recusa a pagar, enquanto constrói obras faraônicas para a felicidade das empreiteiras - aquelas que financiam as campanhas eleitorais dos caciques das Alterosas.

Minas não aplica os 25% da Educação, como não aplicou também os 12% da Saúde. Minas, ou melhor, o governo atual de Minas, continuação do anterior, gosta mesmo é de construir cidades administrativas, estádios de futebol, e dizer para o mundo que a arrecadação vem crescendo em proporções chinesas. Para quê? Para quem? Em favor de quem, quando os educadores, por exemplo, amargam realidades salariais dramáticas, abaixo da crítica?

Por isso, na assembleia de amanhã, se não houver o atendimento por parte do governo do pagamento do piso salarial para todos os educadores, a greve continua! Até a vitória! E que o governo explique para os pais de alunos porque os filhos deles podem perder o ano letivo, por conta da irresponsabilidade deste governo em não cumprir a lei do piso e pagar um salário minimamente decente aos educadores.

Estejamos todos juntos nesta quarta-feira, para levantar as mãos em favor da continuidade da greve e para traçar novas mobilizações-gigantes para mostrar para Minas e para o Brasil que uma outra realidade é construída com a nossa luta.

Um forte abraço a todos e força e unidade na luta!
"


Fonte: http://blogdoeulerconrado.blogspot.com/

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